Home Office, coronavírus e o novo normal

Home Office, coronavírus e o novo normal

O isolamento social recomendado para evitar a propagação do coronavírus colocou em foco o Home Office, que para algumas pessoas já era algo de praxe, mas para a grande maioria era uma grande novidade. 

Toda novidade gera expectativa… E as expectativas … Ah, as expectativas!! Como seria tudo mais simples se a realidade acompanhasse nossas expectativas, não é?! Mas nem sempre é assim, e neste caso também não foi para muita gente…

Se para uns a adaptação foi algo natural, para outros nem tanto. Dificuldades técnicas ou nem tão técnicas assim: filhos, animais de estimação, falta de um lugar adequado ou até mesmo uma conexão ruim, podem ser fatores de empecilho para o desempenho das funções de trabalho em casa. 

A prática nem sempre é tão bonita quanto a teoria

Mesmo que seja realidade para um grupo específico da população, o contexto de home office ainda guarda distinções importantes entre homens e mulheres no Brasil. Isso porque na sociedade brasileira, independente da classe social, há uma enorme desigualdade na forma como homens e mulheres alocam seu tempo em atividades remuneradas e não remuneradas.

Diversos e intangíveis fatores influenciam neste cenário, sendo alguns culturais, emocionais, afetivos, pessoais… Mais de 80% da carga de tarefas domésticas ainda são responsabilidade feminina, entre elas os afazeres domésticos e cuidado das crianças e de idosos. Além do “jeitinho” feminino que não se terceiriza e transfere com um piscar de olhos e/ou um lockdowm.

Para a grande maioria das mulheres  que estão em home office e tem crianças em idade escolar, por exemplo, os desafios são muitos. Muitas vezes, ao juntar afazeres diários, cuidar das crianças e, em muitos casos, cuidar dos animais domésticos, acaba fazendo com que a realização do trabalho formal remunerado em casa se torne bastante custosa, em termos de disponibilidade de tempo.

A entrega entre homens e mulheres pode até ser a mesma, a dedicação e amor também, porém as habilidades são individuais, as visões de prioridade e urgência também. E sempre há mais “manhês” durante o dia e noite… pelo menos por aqui tem sido assim!

Todos sempre sonharam com home-office

Sempre acreditei que trabalhar em casa seria sinônimo de maior liberdade e tempo livre. Aliás, este é um grande mito. Antes da quarentena ser instaurada, várias pessoas já acreditavam que trabalhar de casa seria uma opção muito melhor. Bom, pessoalmente falando, depois de 5 anos nessa vida, vi que não é bem assim…. vou contar um pouco do por que.

Um dos primeiros pontos que notei, foi que na maioria das vezes trabalhamos muito mais que as horas já convencionais em nossa rotina. É comum perder a hora na frente do computador, com propostas ou atendimentos. A gestão do tempo passou a fazer parte da agenda, e ela era mais automática na época do escritório! Trabalhar em casa exige disciplina até nesse ponto, pois não deveríamos, mas aqui ou ali damos aquela esticadinha no horário para não perdermos o fio da meada, ou para adiantar algo, devolver uma resposta ao cliente, atender a ligação de alguém da equipe (que está na mesma situação que a gente), ou até mesmo realizar um processo que antes era físico, e agora também é digital! 

É, acho que até hoje ainda não me adaptei totalmente ao home office e vejo que nessa quarentena, vários dos iludidos com a ideia de um trabalho mais “tranquilo” em casa estão mudando de ideia e por isso não se adaptaram.

Novos tempos 

Sim, os tempos mudaram. Isso demanda uma mudança iminente das pessoas em vários quesitos. Esse processo é algo que será construído lentamente, mas em nossos atendimentos sentimos que as pessoas vêm mudando, também, sua maneira de pensar e encarar alguns assuntos. E é bem aqui que aquela distância entre a expectativa e a realidade nos traz amadurecimento e aprendizagem! 

Se encararmos que as pessoas também estão se adaptando, mudando, e sendo resilientes ao ponto de se olharem de frente e admitir que não teem mais as mesmas opiniões sobre muitas coisas… podemos até arriscar dizer que alguns assuntos e temas que que antes eram vistos como tabus, passaram a ser abordados diariamente em nossas vidas. Algo como falar sobre seguros de vida por exemplo, deixou de ser encarado como negativo ou ruim passando a fazer parte do planejamento das pessoas que visam proteger suas famílias.

Este cenário por si só já carrega o medo de morrer e as pessoas passaram a pensar mais neste fato que é certo. A questão agora é mesmo ter maturidade para pensar em como as pessoas que amamos e dependem financeiramente de nós ficarão sem a gente por perto… que tipo de legado queremos perpetuar… 

Essa mudança ainda será muito maior. Muita gente vai voltar à sua vida “normal”, mas vai precisar se adaptar a essa nova realidade.

A adaptação ao home office foi o início desse enorme processo de mudanças que vamos viver. Qual lição podemos tirar disso? Bom, por aqui nós continuamos na ativa, adaptamos nosso atendimento para as reuniões acontecerem via internet e, mesmo com dificuldades, nos renovamos todos os dias no que for necessário para fazer parte da vida de cada vez mais pessoas.

Talvez agora, mais do que nunca, a gente precisa estar pertinho!

Saiba um pouco mais sobre nosso trabalho nos links abaixo:

Faça um Check-Up Financeiro clicando aqui. 

PESQUISA: Você tem plano de saúde e quer reduzir gastos com isso?

One Reply to “Home Office, coronavírus e o novo normal”

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *